Folha de S. Paulo


EUA fecham embaixadas e desaconselham viagens ao Oriente Médio

O Departamento de Estado americano emitiu nesta sexta-feira um alerta de viagem e ordenou na quinta (1º) o fechamento de todas as embaixadas no norte da África e do Oriente Médio no próximo domingo (4), dia útil nos países islâmicos, devido a uma ameaça de ataque terrorista.

Washington não deu detalhes sobre a ameaça, mas disse em nota que a Al Qaeda e suas organizações afiliadas continuam a planejar ataques terroristas na região e fora dela. A porta-voz do órgão diplomático, Marie Harf, disse que algumas das instalações no Oriente Médio podem ficar fechadas por mais de um dia.

Dentre os países em que as instituições americanas estariam ameaçadas, estão Egito, Israel, Arábia Saudita, Líbia, Iraque, Kuait e Iêmen. Nos países ocidentais, as representações normalmente já ficam fechadas no domingo, dia sagrado para o cristianismo.

O chefe do Comitê de Relações Internacionais da Câmara americana, Ed Royce, disse que a ameaça foi feita pela rede terrorista. Ele apoiou a decisão de fechar as representações diplomáticas no Oriente Médio, como uma forma de proteger os funcionários.

Neste momento, a única ramificação da Al Qaeda que fez uma ameaça contra as representações americanas foi a Al Qaeda na Península Arábica, com sede no Iêmen. Na quinta (1º), o presidente Barack Obama encontrou com o líder do país, Abdu Rabbu Mansour Hadi, cuja legitimidade é questionada.

O mandatário não é reconhecido pelos militantes da rede terrorista, que tentam criar um Estado independente no sul do país. O grupo também é alvo dos bombardeios com aviões não tripulados dos EUA. Desde o início do ano, as forças americanas fizeram 15 ataques em território iemenita.

O fechamento também ocorre com a proximidade do fim do Ramadã e do aniversário de um ano do ataque ao consulado americano em Benghazi, em 11 de setembro do ano passado. Na ocasião, o embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, foi morto.


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