Folha de S. Paulo


Dilma chega a Lima para cúpula de apoio a Nicolás Maduro

A presidente Dilma Rousseff chegou a Lima por volta das 20h30 locais (22h30 em São Paulo) para participar da cúpula de emergência da Unasul sobre a crise política venezuelana.

Além da brasileira, participarão Cristina Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Juan Manuel Santos (Colômbia) e José Mujica (Uruguai), além do próprio Nicolás Maduro. O equatoriano Rafael Correa não participará por estar na Europa.

Até a publicação deste texto, a reunião não havia começado.

A participação da presidente Dilma Rousseff na cúpula de Lima tem dois grandes objetivos, segundo o Planalto. O primeiro é mostrar que os governos da América do Sul apoiam as decisões institucionais da Venezuela e, portanto, reconhecem a vitória de Maduro.

Nessa linha, o grande ato simbólico será a a viagem de vários mandatários de Lima a Caracas acompanhando Maduro na cerimônia de posse, marcada para hoje.

O apoio ao aliado de Chávez também é uma resposta ao anúncio americano de não reconhecer ainda a vitória do Maduro e de apoiar uma recontagem dos votos.

A Unasul se constituiu para defender a democracia diante da agressão do império, diante das provocações dos Estados Unidos", disse o presidente boliviano, Evo Morales, ao chegar a Lima.

A ida à posse de Maduro se transformou numa dor de cabeça para o presidente peruano, Ollanta Humala, anfitrião do encontro por ser o presidente pro tempore da Unasaul.

O Congresso peruano discutia se daria ou não a autorização para que Humala possa viajar a Caracas. A oposição ao mandatário apoia a exigência do candidato derrotado Henrique Capriles para a recontatem dos votos.

Na Embaixada da Venezuela em Caracas, grupos favoráveis a Maduro se reuniram para manifestar apoio durante a tarde. Horas depois, foi a vez de um grupo contrário ao chavista promover um "panelaço" diante da representação diplomática.

CARONA

O presidente uruguaio, José Mujica, foi a Lima de carona com Cristina Kirchner, no avião presidencial argentino. Ambos se envolveram em uma polêmica após Mujica chamar, sem saber que estava sendo gravado, que Cristina era uma "velha" e "mais teimosa que o caolho", este último sendo seu marido, Nestor (1950-2010).

Para colocar panos quentes no assunto, Cristina escreveu, em seu Twitter: "Sim, sou meio teimosa, e além disso estou velha. Mas, depois de tudo... é uma sorte chegar à velhice, não?".


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