Folha de S. Paulo


Empresário brasileiro pensou que explosões em Boston fossem tiros de canhão

Depois de nove maratonas, o empresário paulista Adilson Bachini, 46, terminou nesta segunda-feira, pela primeira vez, uma prova abaixo das quatro horas de corrida. Feliz com o tempo de 3h59min, ao passar pela linha de chegada em Boston, ele ouviu a primeira explosão.

"Tinha passado havia poucos segundos. Na Maratona de Nova York tem tiro de canhão na largada, achei que fosse canhão aqui também. Jamais ia imaginar que era bomba. Só quando olhei para trás vi a fumaça subindo", diz Bachini à Folha.

O empresário está em Boston com outros 21 corredores da equipe de Marcos Paulo Reis. Segundo ele, todos passam bem.

"Está tudo calmo. Fiquei na recepção do hotel ligando para meus familiares e rezando para que não fosse uma bomba. Mas acabei de ver o noticiário sobre as mortes e as explosões."

Contente com sua performance em sua estreia em Boston, Bachini relata que a cidade toda se mobilizou pela prova --é feriado estadual.

"Durante toda a prova as pessoas estavam saudando os corredores, dando água. As crianças colocavam as mãos para você cumprimentá-las. Naquele lado onde ocorreram as explosões havia muitas famílias. Uma festa linda. Depois [das explosões], entrou todo mundo em pânico, com medo, pedindo para a gente ir embora logo. Então vi as ambulâncias passando. Mas em momento algum pensei no pior."


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