Folha de S. Paulo


Não dá para entender o que aconteceu, diz brasileiro que correu a prova em Boston

O gerente de vendas Marcos Bigongiari participou da Maratona de Boston, nesta segunda (15), que foi interrompida após duas explosões próximas à linha de chegada. O brasileiro afirma que acabou a prova 40 minutos antes do ocorrido.

Por enquanto, a polícia confirma a morte de duas pessoas. Outras dezenas ficaram feridas. O Hospital Geral de Massachusetts está tratando 19 feridos --seis em estado gravíssimo e cinco em estado grave. Segundo o chefe do serviço de emergência do hospital, alguns feridos tiveram membros amputados no momento da explosão. Outros feridos foram levados para o Centro Médico Tufts.

"Terminei a prova com cerca de 3h20 [após a largada]. Fui para o hotel, que fica a 500 metros da linha de chegada. Cerca de 40 minutos depois, ouvimos barulho: ambulâncias, sirenes...", disse. "Até que é normal após a maratona ter ambulâncias por causa de pessoas que passam mal. Mas começamos a ver na TV o que tinha acontecido e, da janela, deu para ver uma movimentação", completou.

Bigongiari comentou que não percebeu nenhum clima hostil antes ou durante a prova, da qual também participou em 2012.

"A maratona de Boston é uma grande confraternização. Não é qualquer pessoa que entra em Boston. Você tem que ter um tempo bom para poder se inscrever. Então a cidade para. Não dá para entender um atentado assim, num evento totalmente esportivo, não é um evento político", afirmou.

"Conversei com as pessoas da minha equipe [MPR - Marcos Paulo Reis] e estão todos bem. São 21 brasileiros da minha equipe que vieram correr", disse.

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