Folha de S. Paulo


Ataque em Gaza que matou 12 em novembro foi dentro da lei, diz Israel

Israel disse que não abrirá uma investigação criminal sobre as mortes de 12 civis palestinos em um ataque aéreo de novembro sobre uma casa na Faixa de Gaza durante sua guerra contra o Hamas.

O ataque de 18 de novembro sobre uma casa de três andares foi o mais sangrento dentre os oito dias de combates. Cerca de 170 palestinos e seis israelenses morreram nos confrontos.

Dez membros da família Dalu foram mortos, assim como dois vizinhos. Grupos de direitos humanos disseram que o ataque tinha caráter de ilegalidade.

Um relatório de 11 de abril do Advogado Geral Militar de Israel, divulgado neste domingo, disse que o ataque buscava neutralizar "um agente terrorista e diversos outros terroristas" responsáveis por lançar ataques de foguetes contra israelenses.

O relatório não identificou estes militantes, nem disse se haviam de fato sido mortos, mas acrescentou que precauções haviam sido tomadas para reduzir o risco de atingir civis não envolvidos e que as forças militares não previam o grande dano que os ataques causaram.

"O resultado infeliz ocorreu apesar dos esforços feitos para minimizar o dano colateral a civis não envolvidos. Como resultado, o advogado geral decidiu que não há base para abrir uma investigação criminal ou tomar quaisquer medidas adicionais".

O grupo de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) criticou o relatório, dizendo que ele não fornece informação que possa ser verificada para apoiar a decisão de que o ataque foi legítimo.


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