O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira em Londres entregar armas aos rebeldes sírios violaria o direito internacional.
O anúncio acontece um dia depois de o premiê britânico James Cameron cogitar a possibilidade de ignorar o embargo que proíbe a venda de armas para a Síria.
"A lei internacional não permite a venda de armas para atores não-governamentais", disse Lavrov em coletiva de imprensa em Londres.
A Rússia, que vendeu armas para o governo de Bashar Assad e vem bloqueando ações mais duras contra o governo sírios na Organização das Nações Unidas (ONU), diz que a única maneira de resolver a crise é através do diálogo.
Outros países, como a França, o Reino Unido e a Turquia, estão frustrados com a falta de progresso naquela direção e começam a falar sobre a possibilidade de suspender o embargo para permitir que os rebeldes se armem.
Lavrov e o secretário de Relações Exteriores britânico William Hague enfatizaram que ambos acreditam no diálogo político, mas ficaram claras as suas diferenças de opinião sobre a possibilidade de armar os rebeldes e de tomar medidas contra a Síria no Conselho de Segurança da ONU.
O ministro russo disse estar preocupado com a presença de radicais islâmicos entre os rebeldes.
O conflito, que já dura quase dois anos, já matou cerca de 70 mil pessoas e deixou mais de um milhão de refugiados, segundo estimativas da ONU.