Folha de S. Paulo


Desemprego na zona do euro se mantém em 11,7% em dezembro

O desemprego da zona do euro se manteve no recorde histórico de 11,7% em dezembro, segundo dados do Escritório Europeu de Estatísticas divulgados nesta sexta-feira. O órgão também divulgou que a inflação chegou a 2% em janeiro, dentro da meta do BCE.

Os dois números, considerados positivos, podem mostrar que a situação nos 17 países da moeda única está se estabilizando após um ano de forte recessão provocada pela crise da dívida pública, que obrigou os países a adotar cortes orçamentários e outras medidas de austeridade.

Segundo a Eurostat, o desemprego se manteve em 11,7% em dezembro, em uma estimativa menor que os 11,9% esperados para o período pelos economistas. No entanto, é maior que a previsão de 11,3% para a Comissão Europeia.

Os principais responsáveis pelo número alto são Grécia e Espanha, onde a perda de postos de trabalho continua alta. No período, os espanhóis tinham 26,1% de desempregados, enquanto os gregos acumulavam taxa de 26,8% em outubro, no último dado compilado.

Por outro lado, as menores taxas foram registradas na Áustria, com 4,3%, e na Alemanha, maior economia da região, que fechou o mês em 5,3%. A efeito de comparação, o desemprego no Japão no período ficou em 4%, enquanto nos Estados Unidos se manteve em 7,8%.

INFLAÇÃO

Outro resultado positivo divulgado hoje foi a queda da inflação em janeiro, maior que a esperada pelos economistas. O índice de preços ao consumidor na zona do euro caiu para 2% no mês passado em relação ao mesmo período do ano passado.

A leitura, a primeira estimativa do Eurostat, foi menor do que o nível de 2,2% previsto por analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, que era o mesmo número obtido em dezembro.

A inflação está agora próxima da meta do Banco Central Europeu de "próximo mas abaixo de 2%" e, junto com desemprego recorde, dá ao BCE espaço para cortar as taxas de juros buscando estimular a economia.


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