A coalizão da chanceler alemã, Angela Merkel, lidera as intenções de votos para a eleição na Alemanha, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira. No entanto, o Partido Liberal, um de seus aliados, perdeu força e poderá não ter representação no próximo Parlamento.
Segundo levantamento do instituto Forza, a união formada pela União Democrata Cristã e a União Democrata Cristã da Baviera tem 42% dos votos para o pleito de setembro, um ponto a mais que em outra sondagem da empresa, feita há duas semanas.
Por outro lado, o Partido Liberal, do vice de Merkel, Philipp Rösler, perdeu três pontos percentuais e alcançou 2%, abaixo do limite de 5% necessário para ter representação no Parlamento. O segundo lugar é dos opositores Social Democratas (25%), seguidos pelos verdes (15%).
Além dos democratas cristãos, dos sociais democratas e dos verdes, é esperada a presença dos socialistas no Parlamento, com 9% das intenções de votos. O Partido Pirata, criado na internet no ano passado e visto como força emergente, obteve 3%.
A pesquisa foi feita com 1.503 pessoas em todo o território alemão entre 2 e 4 de janeiro. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou menos.
CRISE
A queda do Partido Liberal é atribuída à crise de liderança dentro da agremiação, que pode significar a saída de Rösler. Caso perca a eleição na Baixa Saxônia, no dia 20, por uma margem muito grande, o vice-chanceler pode renunciar à liderança do partido.
Do lado do partido de Merkel, ainda pesam as declarações do ex-ministro de Finanças, Peer Steinbruck, cotado para ser o novo chefe de governo. Ele afirmou que o salário do chanceler é muito baixo se comparado com executivos de bancos e empresas privadas.
A opinião causou polêmica na Alemanha, que aplica medidas de austeridade para diminuir os efeitos da crise econômica na zona do euro. O deputado também é apontado como um dos que mais recebe renda extra por participações em fóruns econômicos, seminários e entrevistas.