Folha de S. Paulo


PF deflagra 2ª fase de operação contra fraudes em financiamentos do BB

Marcelo Justo/Folhapress
TANGARÁ DA SERRA, MS, BRASIL, 27-03-2012, 14h30: Colheita do final da safra de soja na fazenda Morro Azul do grupo A. Maggi, que fica há 70 km do centro de Tangará da Serra, no Mato Grosso do Sul. A colheita foi realizada com 17 colheitadeiras Case II, segundo os administradores do grupo A. Maggi, a safra atual deu 60 sacas por hectare num total de 39.400 mil hectare plantado. (Foto: Marcelo Justo/Folhapress, MERCADO) ORG XMIT: AGEN1203272006037963
Os policiais cumprem 39 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Goiás

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (31) a segunda fase da operação Turbocred, para combater o desvio de verbas públicas por meio de fraudes em financiamentos agrícolas operados pelo Banco do Brasil, entre os anos de 2012 e 2015, segundo nota da PF.

Os policiais cumprem 39 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Goiás.

As diligências ocorrem em residências de tomadores de empréstimos considerados fraudulentos, funcionários e ex-funcionários do Banco do Brasil e de pessoas que teriam atuado como laranjas nas fraudes.

A segunda fase da operação Turbocred ocorre após a análise da documentação apreendida em agências do Banco do Brasil durante a primeira fase, em 17 de maio do ano passado. Foram analisadas 149 operações de financiamentos agrícolas e outras 13 de outras modalidades de financiamentos, tendo sido constatado que 90% dessas operações haviam sido fraudadas.

A investigação identificou diversos tipos de fraude, como a obtenção de financiamentos para custear atividade agrícola em imóvel próprio, mas usado em imóvel arrendado a terceiros; falsificação de carta de arrendamento para a tomada de empréstimos para custear atividade agrícola fictícia e a tomada de sucessivos financiamentos para diversos empreendimentos agrícolas, sem capacidade financeira.

As investigações apontam o pagamento de propina a funcionários do Banco do Brasil para a obtenção de financiamentos por meio de contas correntes em nome de laranjas.

Os suspeitos vão responder pelos crimes de gestão fraudulenta e gestão temerária de instituição financeira, aplicação de recursos de financiamento em finalidade diversa, previstos na lei de crimes financeiros, além de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa, com penas de 1 a 12 anos de prisão.


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