Folha de S. Paulo


Aérea britânica decreta falência, e 100 mil passageiros ficam sem voos

Paulo Pinto/CBJ
A judoca Stefannie Arissa Koyama, que disputará o Mundial de Budapeste pela seleção brasileira
Aviões da Monarch Airlines são vistos no London Luton Airport

A companhia aérea britânica Monarch Airlines decretou falência nesta segunda-feira (2), causando o cancelamento de centenas de milhares de viagens, depois de ter sido vítima de grande competição por voos e uma libra mais fraca.

O fracasso da Monarch, maior companhia aérea do Reino Unido a falir, afetará 900 mil passageiros. A empresa abandonou mais de 100 mil turistas no exterior, causando o que foi considerando como o maior esforço de repatriamento em tempos de paz do país.

A sua falência aumentou a turbulência no setor aéreo europeu após a Air Berlim e a Alitalia pedirem concordata este ano. A Ryanair também foi forçada a cancelar milhares de voos devido a problemas para encontrar pilotos suficientes para voar.

Em operação desde 1968, a Monarch cancelou cerca de 750 mil reservas futuras e pediu desculpas a clientes e funcionários.

As finanças da companhia aérea se deterioraram em 2016, depois que as preocupações com segurança desencorajaram viagens para Tunísia, Turquia e Egito, trazendo maior capacidade de rotas para a Iberia.

O declínio no valor da libra também agravou seus problemas. A empresa foi resgatada por seu proprietário Greybull Capital há um ano.

O governo britânico pediu à Autoridade de Aviação Civil (CCA) que frete mais de 30 aeronaves para trazer para casa cerca de 110 mil clientes da Monarch no exterior, disse a CCA.


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