Folha de S. Paulo


Pequenos grupos fecham estradas e ruas e causam transtornos pelo país

A greve geral contra as reformas da Previdência e trabalhista do presidente Michel Temer (PMDB) tem causado transtornos em diferentes cidades brasileiras nesta sexta-feira (28), apesar de os grupos serem pequenos e as ações, pontuais e de curta duração.

Em São Paulo, cerca de 150 manifestantes chegaram a atrapalhar o trânsito na região do aeroporto de Congonhas, mas já dispersaram. Um pequeno grupo de estudantes fechou a rua da Consolação no sentido Jardins, mas também já liberou a via.

Os pontos mais problemáticos da capital paulista foram as barricadas que bloquearam completamente a avenida Ipiranga, no centro, e a avenida Jacu-Pêssego, na zona leste. A marginal Tietê, na zona norte, também teve a pista local completamente interditada por manifestantes ligados à esquerda.

Na região metropolitana de Curitiba, metalúrgicos fecharam a rodovia em frente à fábrica da Renault, em São José dos Pinhais. Os ônibus também não circulam na capital paranaense.

No nordeste, não há transporte público em Salvador e Recife.

AEROPORTOS

O aeroporto de Fortaleza registrou protestos na manhã desta sexta, assim como o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

Em São Paulo, os aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Congonhas, apesar de registrarem atrasos e cancelamentos pontuais não tiveram grandes problemas. Brasília também teve manifestações de movimentos ligados à esquerda e de aeroviários, mas sem maiores transtornos.

A GREVE GERAL

Sindicatos e movimentos sociais convocaram greve geral para esta sexta-feira (28) em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer.

A maior parte do sistema de transporte público em São Paulo deve ser afetado com a adesão de metroviários, ferroviários da CPTM e motoristas de ônibus. Em liminar concedida nesta quarta (26), o Tribunal Regional do Trabalho determinou aos metroviários que mantenham um efetivo mínimo de 80% trabalhando nos horários de pico e 60% no resto do dia, sob pena de R$ 100 mil.

Para tentar amenizar os transtornos, o rodízio de carros e a zona azul foram suspensos em São Paulo.


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