A arrecadação administrada pela Receita Federal totalizou R$ 97,3 bilhões em março, uma queda real (descontada a inflação do período) de 1,54% na comparação com o mesmo mês do ano passado, divulgou nesta quarta-feira (26).
As receitas administradas por outros órgãos do governo (que incluem royalties de petróleo) subiram 27,75%, para R$ 1,6 bilhão, o que fez com que as receitas federais como um todo caíssem 1,16% entre março deste ano e o mesmo mês do ano passado, interrompendo duas sequências de alta.
A receita não administrada pela Receita Federal está crescendo neste início do ano em relação ao mesmo período do ano passado —o mesmo movimento ocorreu em janeiro e fevereiro— porque a arrecadação com royalties, principalmente de petróleo, estava em baixa por causa do preço do produto e do real desvalorizado.
Ao contrário da arrecadação administrada pelo fisco, essa rubrica não reflete o desempenho da economia.
A receita do governo com impostos fortemente ligados ao desempenho da indústria, por sua vez, continuou em queda.
A arrecadação com o Imposto de Importação somou R$ 3,8 bilhões no mês passado, montante 10,9% inferior do que o registrado em março de 2016. O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) caíram 7,87% na mesma comparação.
Os tributos que mais refletem o consumo também tiveram queda: a arrecadação com PIS/Cofins somou R$ 20,8 bilhões, uma queda de 2,16% na comparação com março de 2016.