Folha de S. Paulo


Banco Central considera 'adequado' ritmo de corte de 1 ponto na Selic

O Banco Central afirmou no seu comunicado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que considera o atual ritmo de redução na taxa de juros, de 1 ponto percentual, "adequado".

A Selic foi reduzida nesta quarta (12) de 12,25% para 11,25% ao ano.

"O Comitê considera o atual ritmo adequado, entretanto, a atual conjuntura econômica recomenda monitorar a evolução dos determinantes do grau de antecipação do ciclo", afirmou o BC no documento.

Em um dia em que o STF (Supremo Tribunal Federal) tornou públicos os vídeos da delação premiada da Odebrecht, o presidente Michel Temer comemorou a decisão do BC pelo Twitter e afirmou que "a medida", como classificou a decisão, vai acelerar o crescimento econômico.

"A inflação em queda e a redução da taxa Selic vão estimular a economia, a produção industrial e o consumo interno", afirmou Temer na rede social.

Confira a evolução da taxa Selic - Em % ao ano

INFLAÇÃO CONTROLADA

No comunicado, a autoridade monetária citou o comportamento favorável da inflação e uma recuperação gradual da atividade econômica como razões que permitiram um corte maior do que nas últimas reuniões.

Nas projeções do chamado "cenário de mercado", que leva em conta as projeções dos analistas para a taxa Selic e para o dólar, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) estará em 4% no fim deste ano, abaixo do centro da meta, de 4,5%.

"O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e, com peso gradualmente crescente, de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária".

RETOMADA GRADUAL

No comunicado, o Copom afirmou ainda que espera uma "retomada gradual da atividade econômica ao longo de 2017".

Em relação ao cenário externo, a autoridade monetária afirmou que ainda há muita incerteza.

"Entretanto, até o momento, esse cenário tem mitigado os efeitos sobre a economia brasileira de possíveis revisões de política econômica em algumas economias centrais, notadamente nos EUA. Há incerteza sobre a sustentabilidade do crescimento econômico global e sobre a manutenção dos níveis correntes de preços de commodities".


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