Folha de S. Paulo


Pedir comida no trem na Índia é tarefa para os smartphones

Reclamar da qualidade da comida servida nos trens é uma tradição nas longas viagens do sistema ferroviário indiano. Isso agora, no entanto, começa a mudar, ainda que dependendo de um pouquinho de planejamento e, claro, como virou rotina nos dias atuais, de um smartphone.

Grandes redes como Kentucky Fried Chicken e Domino, além de restaurantes locais, ampliaram, por meio de aplicativos, as opções de quem chega a passar mais de um dia em viagem.

Os novos serviços são parte do processo de modernização da rede ferroviária indiana, a mais antiga da Ásia e que transporta 23 milhões de passageiros diariamente.

No ano passado, o governo indiano convidou grandes redes como a KFC para fazer parte do seu serviço on-line de refeições, em que os passageiros podem agendar seus pedidos para que sejam entregues nas estações.

O grande segredo para o sucesso do serviço é a velocidade. São apenas poucos minutos para encontrar o cliente antes que o trem deixe a estação -e a próxima refeição fique para a próxima parada, provavelmente de algum restaurante rival.

O próximo passo, segundo o Ministério da Ferrovia, é instalar cozinha nas principais estações, permitindo que as empresas preparem as refeições lá mesmo, para entrega aos passageiros.
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E não são apenas os grandes grupos estrangeiros que estão interessados no negócio. Uma série de empreendedores indianos também está apostando na rota ferroviária, como Pushpinder Singh, que fundou uma empresa com a sua mulher.

A companhia deles, a TravelKhana, tem acordo com vários restaurantes que ficam perto das estações mais movimentadas e faz a entrega para esses estabelecimentos em troca de uma taxa.

"Existem cerca de 5.000 de trens de longa distância, com uma viagem média de aproximadamente 770 quilômetros, mas só 6% têm um serviço de alimentação adequado", afirma Singh. "É esse o nosso público-alvo."


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