Folha de S. Paulo


Opep corre risco se não fechar acordo sobre produção, diz presidente do Equador

O presidente do Equador, Rafael Correa, disse neste sábado (24) esperar um acordo entre os países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) na próxima reunião na Argélia para estabilizar o mercado petrolífero. Segundo ele, caso isso não aconteça, a entidade "pode enfrentar graves riscos".

Os membros da Opep concordaram em realizar um acordo informal na Argélia nos próximos dias 26 e 28 de setembro.

"É uma reunião por outros motivos, mas estarão presentes todos os membros da Opep. Esperamos ter reuniões informais e chegar a acordos para estabilizar o mercado de petróleo", disse Correa em seu habitual comunicado semanal.

"Sem isso, as consequências podem ser muito graves. A própria Opep poderia ser desintegrada. Este problema não tem sido econômico, tem sido político e geopolítico. Há um grave risco de que os preços do petróleo despenquem de novo", afirmou.

O Equador respalda a posição da Venezuela, que tem insistido que os grandes produtores devem chegar a um acordo para congelar os níveis de produção e fazer com que os preços subam, em meio a uma grande sobreoferta de abastecimento.

Nas últimas semanas, a ideia tem sido acolhida por parte de grandes produtores como Rússia, Arábia Saudita e mesmo o Irã.

"Convém a todos estabilizar os preços", acrescentou Correa.


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