Folha de S. Paulo


Bolsas chinesas recuam com dados de inflação de fevereiro

Stringer /Reuters
Investidor em frente a painel com informações da Bolsa, em corretora de Huaibei, na China
Investidor em frente a painel com informações da Bolsa, em corretora de Huaibei, na China

As Bolsas chinesas caíram cerca de 2% nesta quinta-feira (10), pressionadas pelas ações bancárias e de energia, com os investidores interpretando os dados de aceleração da inflação acima do esperado como negativos para uma economia que tem dificuldade para encontrar ritmo.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 1,91%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 2,03%.

A inflação ao consumidor na China acelerou para 2,3% em fevereiro em relação ao ano anterior, ritmo mais forte desde julho de 2014 e superando as expectativas do mercado. Os dados limitam o espaço para mais afrouxamento monetário, disseram analistas.

No restante da Ásia as ações subiram animadas pela alta dos preços do petróleo e pelas perspectivas de que o BCE (Banco Central Europeu) vai afrouxar a política monetária nesta quinta-feira. O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, teve alta de 0,21%.

O foco está em quanto o BCE, que já cortou os juros para dentro do território negativo, vai afrouxar a política monetária.

O BCE deve anunciar seu segundo pacote de estímulos em três meses nesta quinta-feira, diante de temores de que os custos baixos de energia estão influenciando os salários e preços, potencialmente perpetuando a inflação extremamente baixa.

A expectativa é de que o banco central da zona do euro corte sua taxa de depósito ainda mais fundo no território negativo e ajuste seu esquema de € 1,5 trilhão em compra de ativos, na esperança de impulsionar os preços após os preços aos consumidores voltarem a cair no mês passado.

"É amplamente esperado que o BCE aumente a quantidade de títulos que compra do mercado todo mês, como também leve a taxa de juros ainda mais fundo no território negativo", escreveu o estrategista-chefe de mercado do CMC Markets, Michael McCarthy.

FECHAMENTO

Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 1,26%, para 16.852 pontos.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,06%, para 19.984 pontos.

Em Xangai, o índice SSEC perdeu 2,03%, para 2.804 pontos.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, retrocedeu 1,91%, para 3.013 pontos.

Em Seul, o índice Kospi teve valorização de 0,84%, para 1.969 pontos.

Em Taiwan, o índice Taiex registrou alta de 0,31%, para 8.660 pontos.

Em Cingapura, o índice Straits Times desvalorizou-se 0,05%, para 2.809 pontos.

Em Sydney o índice S&P/ASX 200 recuou 0,14%, para 5.150 pontos.

EUROPA

As Bolsas europeias operam perto da estabilidade nesta quinta, ajudadas pelos ganhos de seguradoras como Aviva e Hannover, enquanto as expectativas de mais medidas de estímulo pelo BCE também sustentam as ações.

Às 7h54 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 tinha queda de 0,15%, para 1.333 pontos, enquanto o índice de blue chips da zona do euro Euro Stoxx 50 cedia 0,17%, para 3.011 pontos.

No meio corporativo, a seguradora britânica Aviva subia 4,1% após divulgar lucros e dividendos maiores, enquanto a resseguradora Hannover também tinha alta após aumentar seu dividendo total e seu lucro ultrapassar a marca de um bilhão de euros pela primeira vez na história.

Em Londres, o índice FTSE-100 recuava 0,56%, para 6.111 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX caía 0,10%, para 9.713 pontos.

Em Paris, o índice CAC-40 perdia 0,29%, para 4.413 pontos.

Em Milão, o índice FTSE/MIB tinha desvalorização de 0,41%, para 18.134 pontos.

Em Madri, o índice Ibex-35 registrava baixa de 0,11%, para 8.751 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI-20 valorizava-se 0,30%, para 4.901 pontos.


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