Folha de S. Paulo


Bolsas da China sobem e ações asiáticas estendem recuperação

China Daily/Reuters
Investidor observa painel de casa de corretagem em Hangzhou, na província de Zhejiang, na China
Investidor observa painel de casa de corretagem em Hangzhou, na província de Zhejiang, na China

As Bolsas chinesas estenderam sua recuperação nesta terça-feira (16), fechando no maior patamar em três semanas, impulsionadas pelo salto dos preços do petróleo, pela alta das ações europeias e pela estabilização do yuan.

A ampliação da recuperação também foi vista no restante da Ásia, beneficiada pela combinação da estabilização dos mercados chineses e dados sólidos do consumo nos Estados Unidos, além do petróleo, levando os investidores a buscarem barganhas após a forte desvalorização da semana passada.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 3,1%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 3,3%, marcando seu melhor desempenho em três meses e meio.

A confiança dos consumidores também aumentava por causa dos comentários do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que acenou com novos estímulos se a economia desacelerar mais, e também por dados que mostraram uma alta recorde dos empréstimos em janeiro no país, o que levou o setor bancário para cima.

O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, teve alta de 0,93%.

O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,2% um dia após disparar 7,16%, recuperando parte da queda de 11% sofrida na semana passada —a maior desde 2008.

"É parcialmente uma reação após as quedas tão grandes da semana passada. Dados sólidos dos EUA também estão melhorando a confiança do investidor, já que eles estão contando com o crescimento dos EUA para liderar a economia global", disse o estrategista-chefe global do Daiwa Securities, Hirokazu Kabeya.

Os preços do petróleo subiam com as notícias de que altas autoridades dos principais produtores de petróleo —Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Qatar— encorajavam a especulação de um acordo eventual para atacar o grande excesso de oferta.

Os quatro países concordaram em congelar sua produção de petróleo nos níveis de janeiro, desde que outros países façam o mesmo, disse o ministro da Energia do Catar nesta terça-feira após reunião.

FECHAMENTO

Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,20%, para 16.054 pontos.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,08%, para 19.122 pontos.

Em Xangai, o índice SSEC ganhou 3,32%, para 2.837 pontos.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 3,07%, para 3.037 pontos.

Em Seul, o índice Kospi teve valorização de 1,40%, para 1.888 pontos.

Em Taiwan, o índice Taiex registrou alta de 1,80%, para 8.212 pontos.

Em Cingapura, o índice Straits Times valorizou-se 1,41%, para 2.644 pontos.

Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 avançou 1,37%, par 4.910 pontos.

EUROPA

Os mercados acionários europeus operam em baixa nesta terça, apesar do fortalecimento das ações de energia diante da alta do preço do petróleo por possíveis cortes na produção.

Às 8h36 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 tinha queda de 0,50%, a 1.261 pontos, depois de acumular alta de 6% nas duas últimas sessões.

As ações de companhias de petróleo estavam entre os melhores desempenhos na região. A BP subia 2,7%, enquanto a Total avançava 1,2%.

"Cortes na produção de petróleo são possíveis e eu acredito que os preços do petróleo vão subir mais. Minhas ações preferidas no setor são as da Total e da Exxon, enquanto as da BP também são interessantes", disse o vice-presidente de investimentos do Prime Partners, François Savary.

Em Londres, o índice FTSE-100 tinha leve alta de 0,01%, para 5.825 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX caía 0,65%, para 9.146 pontos.

Em Paris, o índice CAC-40 perdia 0,24%, para 4.105 pontos.

Em Milão, o índice FTSE/MIB tinha desvalorização de 1,48%, para 16.790 pontos.

Em Madri, o índice Ibex-35 registrava baixa de 0,76%, para 8.116 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizava-se 0,41%, para 4.621 pontos.


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