Folha de S. Paulo


Petróleo pode cair à casa dos US$ 20 com depreciação do yuan, diz banco

Uma rápida depreciação da moeda chinesa, o yuan, poderia pressionar os preços do petróleo para a casa dos US$ 20 por barril, disse nesta segunda-feira (11) o banco Morgan Stanley.

A instituição financeira vê a entrada de nova oferta, proveniente do Irã, como algo que deverá manter o mercado com excesso de suprimento ao longo de 2016, sem novidades em relação ao atual cenário.

"A sobreoferta levará o petróleo para faixas de preço que deverão desacelerar investimentos, mas isso não muda o nível das cotações", disseram os analistas do Morgan Stanley, adicionando que fatores não-fundamentais, como o dólar, vão continuar a guiar os preços.

"Dada a contínua valorização do dólar, cenários de petróleo a entre US$ 20 e US$ 25 são possíveis simplesmente devido ao câmbio".

Uma alta de 3,2% no dólar implicou em uma desvalorização de 15% no yuan, que poderia pressionar o petróleo para uma baixa de entre 6% e 15%, ou entre US$ 2 e US$ 5 o barril, disse o Morgan Stanley em nota. O banco vê um preço médio para 2016 para o Brent em US$ 49 por barril.

Já o Bank of America Merrill Lynch (BofA) informou que reduziu sua previsão de preço médio do petróleo Brent para US$ 46 o barril em 2016, versus US$ 50 o barril anteriormente.

O banco também reduziu a previsão de preço médio do petróleo nos EUA, o WTI (West Texas Intermediate), para US$ 45 o barril (ante US$ 48).

Nesta segunda, os contratos futuros do petróleo caem pela sexta sessão consecutiva, sendo negociados perto de mínimas de 12 anos, com uma desaceleração do crescimento econômico da China reduzindo expectativas de investidores para a demanda neste ano.

Operadores aumentaram apostas contra qualquer recuperação de preço no curto prazo.

Às 13h, o petróleo Brent recuava 2,74%, para US$ 32,63. O petróleo dos Estados Unidos caía 2,41%, a US$ 32,36 por barril.


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