Folha de S. Paulo


Gigante do turismo de massa mira público de alta renda

Danilo Verpa/Folhapress
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No "Dolphin Plunge", tobogã fechado atravessa um tanque com golfinhos, no Aquatica Orlando

A CVC, maior agência de viagens do país, conhecida pela oferta de pacotes de turismo de massa com preços acessíveis, teve de se adaptar ao cenário de 2015, que espantou o turista de menor renda.

Adotou uma estratégia de diversificação e ampliou seu portfólio com produtos mais adequados ao público que restou, aquele que é menos sensível às turbulências econômicas.

A empresa abriu uma frente e treinou sua equipe para começar a vender bilhetes em classe executiva para viagens de lazer. Antes, as vendas de passagens executivas eram praticamente irrelevantes no dia a dia da companhia.

Uma estratégia semelhante foi escolhida para o serviço de aluguel de veículos, que ganhou uma operação independente e a criação de roteiros específicos.

O perfil do turista que aluga carros é o de um viajante iniciado, diferente daquele que procura excursões. Ao mesmo tempo, o modelo representa maior custo-benefício, oportuno no momento.

Para conseguir oferecer tarifas mais atraentes, a companhia também passou a fazer em 2015 negociação direta com fornecedores de hotelaria no exterior.

"Como as companhias aéreas começaram a fazer promoções de passagens, esse turista pode pagar um pouco mais no restante da viagem, experimentar alguns luxos", diz Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC.

O objetivo é eliminar o estereótipo de uma agência voltada à classe C, que só tem pacotes e excursões.

Segundo a CVC, atualmente, 75% de seus clientes pertencem às classes AB e apenas 25% estão na classe C.

Raquel Costa/Folhapress
O presidente da CVC Luiz Eduardo Falco, posa para foto, no escritório da empresa, em São Paulo
O presidente da CVC Luiz Eduardo Falco, posa para foto, no escritório da empresa, em São Paulo

EXOTISMO

De acordo com Falco, os chamados destinos exóticos, que atraem viajantes mais experientes, se destacaram.

São lugares como África do Sul, Maldivas, Nova Zelândia, Tailândia e Austrália. Todos tiveram alta superior a 40% na receita no acumulado de janeiro a setembro do ano passado sobre 2014.


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