Folha de S. Paulo


Fed terá em dezembro mais dados para considerar alta de juro, diz integrante

Michael Reynolds/Efe
Banco central americano pode ter dados em dezembro para elevar juros
Banco central americano pode ter dados em dezembro para elevar juros

O mês de outubro pode ter dados econômicos suficientes para que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) considere um aumento da taxa de juros em sua reunião no final do mês, mas haverá muito mais dados em mãos a tempo para a reunião de dezembro, disse nesta segunda-feira (12) o presidente Federal Reserve Atlanta, Dennis Lockhart.

"Eu acho que em outubro teremos uma reunião crucial, claramente existe o potencial de que os dados antes da reunião de outubro sejam suficientes... (mas) nós teremos muito mais em dezembro", disse ele após discurso em Orlando, nos Estados Unidos.

Lockhart, considerado centrista sobre política monetária, é membro com voto do comitê de ajuste da taxa do banco central americano.

Também nesta segunda, o presidente do Fed Chicago, Charles Evans, afirmou que a autoridade monetária alcançou sua meta de emprego, mas ressaltou que não deverá começar a aumentar as taxas de juros porque ainda não atingiu seu objetivo de chegar a inflação de 2%.

"Nós temos grandes progressos do lado do nível de emprego; nós podemos fazer melhor, mas em termos da parte da condicionalidade, eu acho que isso foi cumprido", disse Evans, referindo-se às condições que o Fed disse que gostaria de ver antes de aumentar as taxas. "Eu estou mais preocupado sobre a alta da inflação".

Evolução da taxa de juros dos EUA, em % -

No domingo, o vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, confirmou que a autoridade monetária ainda está inclinada a aumentar as taxas de juros neste ano, mas disse que isso é apenas "uma expectativa, e não um compromisso".

"Tanto o primeiro aumento na taxa de juros quanto qualquer ajuste subsequente nas metas de aumento da taxa vão depender fortemente de melhorias futuras na economia", disse Fischer a um grupo nos bastidores de um encontro do FMI (Fundo Monetário Internacional) no Peru.

Ele afirmou que "incertezas consideráveis" rondam o cenário econômico americano, especialmente a queda nas exportações devido à desaceleração do crescimento global, o baixo investimento causado pela redução dos preços do petróleo e o que ele chamou de desaceleração "decepcionante" na geração de empregos nos EUA.

Criação de vagas de emprego nos EUA - Em mil

Fischer disse que a economia dos EUA ainda está gerando empregos o suficiente para alcançar a meta de emprego estabelecida pelo Fed, e que a inflação deve eventualmente aumentar. Baseado nisso, ele afirmou que o banco central americano deve ser capaz de seguir o aumento da taxa inicialmente esperado para outubro ou dezembro.


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