Folha de S. Paulo


Poupança tem saída recorde de recursos em setembro, de R$ 5,293 bi

Márcia Ribeiro/Folhapress
RIBEIRAO PRETO, SP, BRASIL, 11-06-2012, 14h30: Clientes nos caixas eletrônicos do Banco do Brasil, no centro de Ribeirão Preto. Ribeirão regulamentou no último dia 6 a lei que obriga bancos a instalarem divisórias entre os caixas para dar privacidade aos clientes durante as operações bancárias. O principal alvo é coibir o crime chamado de
Clientes nos caixas eletrônicos do Banco do Brasil; retirada da poupança foi recorde em setembro

A caderneta de poupança registrou saída líquida de R$ 5,293 bilhões em setembro, o pior resultado para o mês na série do Banco Central, iniciada em 1995. No ano, a perda líquida soma R$ 53,791 bilhões.

O BC informou nesta terça-feira (6) que o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) teve perda líquida de R$ 5,377 bilhões no mês passado, enquanto a poupança rural teve saldo positivo de R$ 83,384 milhões.

Esse é o nono mês seguido em que a poupança registra perdas. O mau desempenho da caderneta tem como pano de fundo um cenário de preços em persistente alta, afetando a renda disponível num momento de economia em recessão e fraqueza no mercado de trabalho.

Uma das consequências do aperto monetário foi também deixar a caderneta menos atrativa para os investidores. A poupança medida pelo SBPE é a principal fonte de financiamento imobiliário do país.

Com a Selic mais alta, aumenta a distância entre o rendimento da poupança, de 6,17% ao ano mais Taxa Referencial (TR), e aplicações cuja remuneração é baseada na Selic.

A sangria na caderneta também vem afetando o financiamento imobiliário, já que, pelas regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), 65% dos depósitos na caderneta devem ser obrigatoriamente direcionados ao crédito habitacional.

Com a escassez de recursos, vários bancos endureceram neste ano as regras para a concessão de empréstimos, entre eles a Caixa, líder no setor.


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