O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (filiado à CUT) começou nesta segunda-feira (17) a negociar com a Mercedes-Benz a adesão ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego). As conversas acontecem depois dos trabalhadores terem autorizado as negociações em assembleia no último sábado (15).
No dia 7 de agosto, a montadora anunciou que começaria a demitir a partir de setembro. Em comunicado, a empresa indicou que o número de trabalhadores excedentes na empresa é de cerca de 2.000, quase um quinto da mão de obra da unidade, mas que poderia reconsiderar a decisão caso os metalúrgicos aceitassem a adoção do PPE.
Anteriormente, em julho, antes da criação do PPE, os metalúrgicos da Mercedes haviam recusado a proposta da montadora para diminuir os salários e a jornada de trabalho em troca da manutenção dos empregos até julho de 2016.
Desde 2014, a montadora tem adotado medidas — como férias coletivas, lay-off (suspensão do contrato de trabalho), licença remunerada — para evitar demissões. As quedas na produção de caminhões e ônibus foram de 44% e 29%, respectivamente, no acumulado de janeiro a julho deste ano.