Folha de S. Paulo


Petrobras desacelera avanço de reservas; pré-sal já é 30% de estoque

A Petrobras divulgou, nesta terça-feira (13) , que suas reservas de petróleo provadas –ou seja, volume que efetivamente será produzido– cresceram 0,3% em 2014, de 16,565 bilhões de barris para 16,612 bilhões de barris. O avanço é inferior aos 0,8% de crescimento verificado em 2013.

A análise, neste caso, é feita com parâmetros da ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Como resultado, a relação entre reserva e produção em um ano caiu de 19,2 para 18,5. Isso significa que, se fosse mantido o ritmo de produção de 2014 e não fossem descobertas novas reservas, o petróleo acabaria em 18,5 anos.

A queda nos indicadores também é resultado da maior produção este ano, que cresceu 5,3%, segundo informou a empresa na segunda-feira (12).

As reservas no pré-sal cresceram 23%, passando a responder por 30% do total de reservas da Petrobras "em apenas seis anos", conforme assinala a empresa, referindo-se ao início da produção comercial na nova província.

Com a forte reposição do pré-sal, a Petrobras conseguiu aumentar seu índice de reposição de reservas de 114%, em 2013, para 125%. Isso significa que, em 2014, a Petrobras repôs toda a produção de petróleo e gás, de 896 milhões de barris, e ainda acrescentou 25% desse total a seu estoque de petróleo.

O crescimento das reservas provadas segundo os parâmetros da SEC (Securities and Exchange Commission, a CVM nos Estados Unidos) também foi menor em 2014. Expandiu-se apenas 0,1%, contra 1,9% verificado em 2013, fechando em 13,131 bilhões de barris.

A diferença, segundo a Petrobras, deve-se a "preços de venda, critérios técnicos e prazo de concessão das reservas no Brasil, em relação às leis americanas".


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