Folha de S. Paulo


Volume de fusões e aquisições no ano bate recorde, aponta consultoria

O volume de fusões e aquisições no Brasil bateu recorde no acumulado de janeiro até setembro. Foram 640 transações, maior número desde 2002, início da série histórica elaborada pela consultoria PwC. O número é 10% superior à média para o período desde 2010.

O estudo da PwC tem como base em notícias veiculadas na imprensa. Só em setembro foram 87 transações, 28% a mais do que no mesmo mês do ano passado.

Negócios entre empresas de tecnologia, como a compra da chilena Synapsis pela Tivit, no valor de R$ 450 milhões, lideram o ranking de fusões e aquisições no país. No total, foram realizadas 107 transações no setor de tecnologia.

Em segundo lugar, com 63 negócios, está o setor de serviços auxiliares, que inclui consultorias e gestão. Em seguida vêm bancos, varejo e mineração.

As transações contabilizadas no relatório da PwC vão desde aportes de fundos de investimentos a aquisições de participação no exterior.

LIDERANÇA

Os investidores nacionais lideram os negócios, com 52% de participação das transações realizadas até setembro.

No entanto, considerando apenas os negócios envolvendo investidores financeiros –fundos de private equity, que compram participações em empresas– os fundos estrangeiros lideram.

Das 224 transações feitas por fundos de private equity de janeiro a setembro, 58% foram feitas por fundos de investimentos estrangeiros.

A região Sudeste lidera em número de operações, com 463 negócios. O número equivale a 72% do total, fatia que já chegou a 75% em anos anteriores. A região Sul concentra 10,5% dos negócios e o Nordeste, 5%. Já as operações envolvendo ativos fora do país representam 8% do total.

Dentre as maiores operações está a compra da GVT pela Telefónica, por US$ 9,3 bilhões, anunciada em setembro. No mesmo mês, a Parmalat adquiriu da BRF as marcas de lácteos Batavo e Elegê, por R$ 1,8 bilhão.


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