Folha de S. Paulo


Europa libera uso de smartphones e de tablets durante voos

Os passageiros de aviões na Europa poderão usar smartphones e tablets durante todo o voo.

A novidade, autorizada nesta sexta-feira (26) pela Agência de Segurança Aérea Europeia (Easa, na sigla em inglês), pode abrir caminho para que as companhias aéreas ofereçam serviços de comunicação sem fio durante a viagem.

Os regulamentos atuais na Europa obrigam os passageiros a colocarem seus aparelhos no modo "avião" (em que os sinais de dados e voz são bloqueados) para evitar que emitam sinais de rádio que possam interferir com a aeronave.

Agora a Comissão Europeia autorizou o uso do espectro móvel para comunicações 3G e 4G, que permite aos usuários navegar na Internet e mandar e-mails quando os aviões estiverem acima de três mil metros.

"A nova diretriz libera as companhias aéreas a permitirem que os eletrônicos pessoais fiquem ligados, sem necessidade de ficarem no modo 'avião'", declarou a EASA.

"Esta é a mais recente medida regulatória possibilitando que se ofereçam telecomunicações 'de porta a porta' ou serviços de wifi."

As novas regras, que só se aplicam às aéreas europeias, exigem que cada empresa faça seus próprios testes para garantir a segurança do uso de smartphones e tablets durante o voo.

Apesar de entrar em vigor já nesta sexta-feira, as companhias levarão algum tempo para se adaptar à novidade.

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos já entrou em ação para ampliar o uso de certos aparelhos eletrônicos durante os voos.

BRASIL

No Brasil, a TAM opera alguns aviões com o sistema OnAir, que permite aos passageiros realizar chamadas telefônicas, enviar mensagens e acessar a internet, pelo telefone, durante o voo.

O serviço, que utiliza os satélites da Inmarsat SwiftBroadband, permite que os clientes se conectem à uma rede GPRS, com seus próprios aparelhos de telefone GSM.

O mecanismo permite que até oito passageiros utilizem celulares para ligações telefônicas ao mesmo tempo. Para dados e envio de SMS, não há restrições.

Para poder captar sinal a 4.000 metros de altura, mesmo em céu brasileiro, o passageiro paga tarifa de roaming internacional –que depende de cada operadora e é cobrada na conta do usuário.


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