O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (20) que a economia brasileira não está "patinando".
"A economia não está patinando, a economia está sólida, estamos em pleno emprego, estamos, em julho e agosto, com economia em gradual aquecimento."
Segundo o ministro, as medidas anunciadas por ele e pelo Banco Central nesta quarta para irrigar a economia com mais recursos e facilitar a tomada de crédito vai "melhorar um pouco o crédito, que tinha ficado muito contraído".
"Vai melhorar, mas é gradualmente. Essas medidas são mais de âmbito regulatório, melhoram o ambiente econômico, reduzem custo."
| Sérgio Lima/Folhapress | ||
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| Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncia nesta quarta (20) pacote de medidas para ampliar crédito |
BASILEIA
Mantega afirmou que o sistema financeiro brasileiro é um dos mais sólidos do mundo, e que, mesmo o BC tendo liberado os bancos de parte dos depósitos compulsórios, o Brasil busca os acordos de Basileia como parâmetro.
"Temos exigências de capital maiores que Basileia. Temos uma combinação de política monetária bastante severa, com juros altos, isso permanece, e com medidas macroprudênciais bastante severas, que praticamente nenhum país tem."
Firmados em 2010, os acordos de Basileia 3 definiram novas regras para os bancos, no intuito de dar mais segurança do sistema financeiro após a crise financeira iniciada em 2008.
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VEJA AS PRINCIPAIS MUDANÇAS DO PACOTE
Registro único de imóveis, igual ao Renavam de veículos
- Concentra informações que antes estavam em vários cartórios
- Agiliza, reduz riscos e custos na compra da casa própria
Incentivo para crédito com garantia de imóvel quitado
- Bancos poderão usar dinheiro da poupança para essas operações
- O crédito poderá ser usado com qualquer finalidade e terá juro menor
Novo investimento garantido por crédito imobiliário
- Cria a Letra Imobiliária Garantida, que pode ser comprada por pessoas físicas
- Como a LCI, é isenta de IR, mas tem dupla garantia (do banco e da carteira imobiliária)
Incentivo ao consignado para trabalhador do setor privado
- Autoriza banco a descontar a prestação simultaneamente ao pagamento do salário
- Hoje o débito é no fim do dia ou por repasse da empresa
Recuperação da garantia do empréstimo
- Cliente autoriza o banco a retomar o bem financiado em caso de inadimplência
- Devedor fica responsável por pagar multas e tributos não quitados
Simplifica cobrança de crédito em atraso
- Acaba com a cobrança judicial, mais demorada, em operações de menor valor
Fonte: Ministério da Fazenda