Folha de S. Paulo


Após dois dias de alta, Bovespa opera praticamente estável

Após dois dias consecutivos de alta com investidores avaliando as últimas pesquisas eleitorais, a Bolsa brasileira iniciou terça-feira (22) operando praticamente estável.

Às 12h34 (horário de Brasília), o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, operava em leve alta de 0,13%, aos 57.707 pontos.

De acordo com Pedro Galdi, analista da SLW Corretora, a bolsa está volátil pois registrou fortes altas nos dois últimos dias úteis de operação. "A bolsa subiu muito, então agora perdeu um pouco a força. Os investidores também estão aguardando uma nova pesquisa eleitoral e, por isso, a expectativa é que ela fique muito volátil essa semana".

Dentre as ações que se destacavam no Ibovespa, estavam as do setor elétrico. Segundo Galdi, as inciativas da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), ajudaram neste desempenho. Pela manhã, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, confirmou a operação do governo para injetar mais R$ 6,5 bilhões no setor elétrico.

A medida será feita por meio de um financiamento bancário da ordem de R$ 3,5 bilhões, além de um empréstimo via BNDES. O diretor considerou que a quantia seja suficiente "a princípio" para cobrir o rombo do setor até o fim do ano.

Na outra ponta estava a MMX, com desvalorização de 3,45% às 12:45. De acordo com Galdi, o desempenho da empresa não é uma surpresa, por conta da má fase em que as empresas do grupo se encontram. Entre o grupo de Varejo, como a Ambev, que caia 1,13%, a queda se dava por motivos naturais, já que se valorizaram demais nos últimos dias.

DÓLAR
No mercado de câmbio, o dólar iniciou as operações em queda nesta terça-feira. Às 12h45, o dólar comercial, usado para transações de comércio exterior, era cotado a R$ 2,211, com queda de 0,58%. Já o dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, registrava queda de 0,52%, cotado a R$ 2,209.

Para Waldir Kiel, analista da H.Commcor, a queda da divisa norte-americana é um resultado normal, já que o viés da moeda ainda é de baixa em relação ao real. "É um movimento normal, ele está em um padrão de baixa, então toda vez que se acalmam (os acontecimentos externos), é natural cair. Toda vez que um fluxo de saída maior é assimilado pelo mercado, ele volta a cair".

Além disso, segundo Kiel, os conflitos na Ucrânia e entre Israel e o Hamas não causam mais tanto impacto na valorização da moeda americana frente ao real.


Endereço da página: