Folha de S. Paulo


Disputas em seleções de empresas ajudam com contatos e aprendizado

Além de destacar empresas promissoras, concursos de inovação também servem como ferramentas de educação e difusão do empreendedorismo, diz Bruno Rondani, coordenador nacional do concurso Desafio Brasil.

Cristiano Novak, 24, conta que sua vontade de ter um negócio foi resultado de uma premiação e do aprendizado que teve para participar dela. Estudante de medicina na Unicamp, ele fez parte da equipe que venceu a Liga dos Campeões, concurso promovido pela instituição de fomento ao empreendedorismo Endeavor em 2011.

Na época, seu projeto era criar uma rede social para diabéticos. Com o tempo, passou a desenvolver aplicativos para celular relacionados a medicina e qualidade de vida -foram sete no total.

"Tudo começou com uma ideia bastante ingênua em sala de aula. Com a competição, tivemos o gás que precisávamos para seguir com o projeto", afirma Novak.

Para Thiago Paiva, 27, diretor de portfólio da aceleradora de negócios da Telefônica Wayra há um ano, o mais importante de vencer um concurso são os contatos criados na ocasião. Ele fazia parte da Evolup, que venceu a primeira edição do prêmio Startup Farm em 2011 e que permitiria o desenvolvimento de jogos pela internet por qualquer pessoa.

A sociedade foi desfeita após seis meses da conquista. Isso aconteceu, segundo Paiva, por opiniões diferentes sobre o momento certo de lançar o serviço.

"A visibilidade que o prêmio traz passa com o tempo. A experiência é mais importante do que ganhar."


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