Folha de S. Paulo


US Airways e American Airlines fecham acordo com reguladores para aprovar fusão

A US Airways e a American Airlines concordaram em abrir mão de espaços e portões em diversos aeroportos dos Estados Unidos para obter dos reguladores a autorização para a fusão de mais de US$ 11 bilhões que daria origem à maior companhia aérea do mundo.

O governo entrou com uma ação em agosto argumentando que a US Airways e a AMR Corp, controladora da American Airlines, deviam ser obrigadas a desfazer o negócio por risco de prejuízo aos consumidores.

O acordo estabelece que as empresas aéreas se desfaçam de pontos de desembarque no Aeroporto Nacional Reagan, nos arredores de Washington, e no aeroporto LaGuardia de Nova York, considerados centrais para o negócio.

Empresas aéreas rivais de baixo custo também terão mais acesso a aeroportos em Boston, Chicago, Dallas, Los Angeles e Miami, disse o governo.

"Esse acordo tem o potencial de mudar o cenário da indústria aérea. Ao garantir uma presença maior para as empresas de baixo custo em aeroportos importantes dos EUA, o acordo assegura aos passageiros mais competição em rotas sem escalas e com conexão", disse o procurador-geral Eric Holder.

Apesar das concessões, as duas empresas ainda acreditam ser possível alcançar uma economia de US$ 1 bilhão por ano com a fusão, mesmo valor estimado antes do acordo com os reguladores.

Em fevereiro deste ano, os conselhos de administração do grupo da American Airlines e da US Airways aprovaram a fusão entre as empresas após reuniões.

A transação, além de criar a maior companhia aérea do mundo ajudaria a American a deixar o processo de recuperação judicial em que se encontra desde 2011.

Com a fusão, a nova companhia passará a oferecer 6.700 voos diários para 336 destinos em 56 países.

Pelo acordo, credores da American Airlines ficariam com 72% da nova companhia deixando o restante aos acionistas da parceira. A nova empresa deve ser comandada pelo presidente-executivo da U.S Airways, Doug Parker. Já o líder da American, Thomas Horton, ficará na posição de presidente do conselho até 2014.


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