Os Estados Unidos precisam tomar 'medidas urgentes' para lidar com as incertezas fiscais de curto prazo, informou hoje o comunicado divulgado pelo Comitê Internacional Financeiro e Monetário (IMFC, na sigla em inglês) do FMI para o encerramento de seu encontro anual, em Washington.
O documento recomendou também que a zona do euro caminhe na direção de 'uma união bancária e da redução da fragmentação do mercado financeiro' e que o Japão implemente 'uma consolidação fiscal de médio prazo e reformas estruturais' para fortalecer o crescimento.
De acordo com o IMFC, a retomada da economia global está em curso, mas o crescimento ainda é brando e os riscos de uma depreciação do cenário persistem.
Durante a semana do encontro entre o FMI e o Banco Mundial em Washington, um dos questionamentos destacados foram os possíveis impactos mundiais de um calote americano, caso não se resolva o impasse no Congresso sobre a elevação do teto da dívida do país.
Mas também ganhou atenção um outro evento ligado à economia dos Estados Unidos, e que também se reflete internacionalmente, a iminência da redução do programa de estímulo monetário do Fed (banco central americano).
'O momento da transição para a normalização das políticas monetárias precisa ser bem calibrado pelas autoridades, que devem também comunicar adequadamente o processo. São ações importantes para mitigar riscos como a volatilidade no fluxo de capitais', informa o documento.
O comitê lembrou também que o avanço dos mercados emergentes ainda contribui para o crescimento global mas ganhou moderação. 'Os fundamentos, em geral, estão reforçados, mas alguns desafios estruturais domésticos persistem. A volatilidade recente nos fluxos de capitais e nos mercados financeiros desafiou alguns países, que necessitam de políticas macroeconômicas, incluindo as políticas cambiais.'