Folha de S. Paulo


Bolsa tem queda, seguindo mau humor externo com impasse nos EUA

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tem queda nesta segunda-feira (7), acompanhando o clima negativo dos mercados internacionais em meio às indefinições sobre a votação do orçamento do governo dos Estados Unidos, a fim de encerrar a paralisação em andamento.

Às 11h26 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 0,13%, a 52.777 pontos. O desempenho negativo do índice era influenciado pela baixa de 0,37% das ações mais negociadas da Vale, que representam mais de 8% do Ibovespa, no mesmo horário.

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Na segunda semana de paralisação do governo americano, democratas e republicanos ainda não chegaram a um acordo sobre a elevação do teto da dívida dos Estados Unidos, além da votação sobre o orçamento para o ano fiscal.

A cautela do mercado aumenta com a aproximação do dia 17 de outubro, data apontada como limite para que os EUA não deem calote em seus credores.

Autoridades da Casa Branca continuam firmes em afirmar que o presidente dos Estado Unidos, Barack Obama, não vai negociar com parlamentares republicanos enquanto estiver sob a ameaça de calote da dívida, e repetiram que depende do Congresso aumentar o limite de crédito dos EUA.

"Nunca houve um período em que se teve um facção séria ou uma estratégia séria a partir de um partido político... de usar a ameaça de calote como principal tática para conseguir políticas", disse o diretor do conselho econômico nacional da Casa Branca, Gene Sperling, ao site Politico, nesta segunda-feira.

CÂMBIO

No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha alta de 0,29% em relação ao real, às 11h28, cotado em R$ 2,209 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, caía 0,04%, a R$ 2,210.

O Banco Central realizou mais cedo um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. A autoridade vendeu, ao todo, 10 mil contratos com vencimento em 5 de março de 2014, por US$ 497,8 milhões.

A operação estava prevista pelo plano da autoridade para conter a escalada do dólar. O programa do BC --que começou a valer em 23 de agosto-- prevê a realização de leilões de swap cambial tradicionais de segunda a quinta, com oferta de US$ 500 milhões em contratos por dia, até dezembro.

Às sextas-feiras, o BC oferecerá US$ 1 bilhão por meio de linhas de crédito em dólar com compromisso de recompra --mecanismo que pode conter as cotações sem comprometer as reservas do país.

Com Reuters


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