A ANP (Agência Nacional do Petróleo) aceitou o pedido da OGX para usar o petróleo que será produzido no campo de Tubarão Martelo, na bacia de Campos, como garantia para o plano de desenvolvimento dos blocos adquiridos na 11ª rodada de licitações, realizada em abril deste ano.
A autorização foi possível porque no dia 13 de junho a OGX conseguiu aprovar o Plano de Desenvolvimento de Tubarão Martelo junto à agência, informou a ANP.
A OGX comprou 13 blocos na 11ª rodada e tem até o final de agosto para pagar R$ 376 milhões, referente às ofertas vencedoras dos lotes. Em artigo hoje em jornais, o controlador da OGX, empresário Eike Batista reafirmou que vai honrar todo os seus compromissos, como já havia comunicado ao mercado no inicio deste mês.
Após o pagamento das ofertas, a OGX terá que apresentar um Plano de Desenvolvimento para as áreas adquiridas, no qual poderá utilizar o petróleo que será produzido em Tubarão Martelo como garantia financeira.
NOVA APOSTA
Tubarão Martelo é a nova aposta do empresário para recuperar a credibilidade da OGX, que no início de julho admitiu que tem problemas no seu único campo produtor, Tubarão Azul, que poderá deixar de produzir ao longo de 2014. Outras apostas, como Tubarão Tigre, Tubarão Areia e Tubarão Gato foram abandonadas recentemente pela empresa.
A descoberta de Tubarão Martelo ocorreu em novembro de 2010, no poço OGX-25. O campo fica em lâmina d'água entre 100 e 110 metros, ou seja, em águas rasas, a 94 quilômetros de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.
Segundo o Plano de Desenvolvimento entregue à ANP, a OGX e a Petronas, parceira no campo com 40%, terão que investir US$ 1,556 bilhão até 2017. A previsão é de que sejam perfurados 15 poços (12 produtores e 3 injetores de água). Serão instaladas duas plataformas, uma fixa e uma tipo FPSO (plataforma flutuante de produção e armazenagem).
A FPSO terá capacidade de processamento de 160 mil barris por dia de líquido, 100 mil barris por dia de petróleo e compressão de 1,5 milhão de metros cúbicos de gás natural.