Folha de S. Paulo


Produção da MMX é fração da prometida

A MMX, que reduziu a proporção de dívida de curto prazo de 33% para 30% recentemente, também é vista com cautela pelo mercado. A companhia divulgou a revisão do seu plano de negócios para preservar o caixa, de R$ 1,2 bilhão ao final de março.

No mês passado, o presidente da companhia, Carlos Gonzalez, afirmou que a expansão de Serra Azul (MG), principal projeto da MMX, deve ser adiado em um ano. A previsão inicial era o segundo semestre de 2014.

Dívida de curto prazo aperta o cerco às empresas de Eike

Gonzalez admitiu ainda que a empresa enfrenta dificuldades para obtenção de financiamento.

"A MMX tem projetos consistentes, com potencial. No entanto, o nível do endividamento preocupa e o mercado vê cada vez mais dificuldade em enxergar o valor da companhia atualmente."

Quando foi lançada no mercado, no ano de 2006, a MMX previa estar produzindo em 2012, na mina Corumbá, 4,8 milhões de toneladas de minério, valor que é mais que o triplo do volume de 1,4 milhão de toneladas que foram de fato entregues no ano passado.

A distância entre as perspectivas anunciadas na época do lançamento das empresas na bolsa e o que elas conseguiram realizar tem sido responsável, em grande parte, pela crise de confiança do mercado nas ações do grupo de Eike Batista, que perderam metade do valor do mercado entre 2011 e 2012.

OUTRAS EMPRESAS

A OGX dizia também que atingiria em 2013 produção diária de 18 mil barris por dia. Em março deste ano, era de 8 mil barris diários.

Outras promessas não foram cumpridas pelas empresas que abriram capital, como o início da operação do Porto do Açu, da LLX, em 2010. O porto ainda está em construção e a nova data é 2013.


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