O principal índice de ações da Bolsa brasileira abriu esta sexta-feira (24) em queda, com os investidores avaliando a menor confiança do consumidor brasileiro e ainda sob o efeito negativo de ontem da contração na indústria chinesa pela primeira vez em sete meses.
Às 10h20 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 0,2%, para 56.236 pontos. Ontem o índice chegou a ter baixa de quase 2% durante o dia, mas perdeu força e encerrou com leve desvalorização de 0,14% --interrompendo uma sequência de quatro altas.
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Dando força para a contração do Ibovespa nos primeiros minutos de negócios nessa sexta-feira, as ações mais negociadas da Vale --que representam mais de 8% do índice-- tinham queda de 1,08% às 10h23, para R$ 30,05.
De acordo com analistas consultados pela Folha, a Vale é a que mais sofre com as perspectivas de crescimento mais fraco da economia da China, uma vez que o país asiático é o principal comprador do minério de ferro produzido pela companhia brasileira.
A queda do Ibovespa nesta manhã é amenizada, contudo, pelas valorizações dos papéis mais negociados da Petrobras e as ações da OGX, empresa de petróleo de Eike Batista, que representam, juntos, mais de 13% do índice e subiam 0,35% e 3,2% às 10h26, respectivamente, para R$ 19,93 e R$ 1,93.
Segundo dados da FGV (Fundação Getulio Vargas), os brasileiros melhoraram sua avaliação a respeito da situação atual da economia, mas continuam cautelosos com as perspectivas para os próximos meses, mostrou a "Sondagem de Expectativas do Consumidor".
A pesquisa revelou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apurado pela instituição caiu 0,4% em maio. O resultado confirma a acomodação sinalizada no mês anterior, quando o índice havia ficado estável após seis meses em queda.
Também anima os investidores nesta manhã dados vindos dos EUA. Por lá, as encomendas de bens duráveis aumentaram mais que o esperado em abril, um sinal de resiliência no setor industrial apesar do aperto fiscal em Washington e da fraqueza nos mercados externos.
Com Reuters