Folha de S. Paulo


Setor prevê arrecadação recorde em leilão de petróleo e gás da ANP

O presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo), João Carlos de Luca, elogiou a participação das empresas brasileiras na 11ª rodada de licitações de áreas de petróleo e gás natural, que acontece hoje (14) no Rio de Janeiro.

Árduo defensor da realização de leilões no Brasil, De Luca espera uma arrecadação recorde, além dos R$ 2 bilhões previstos anteriormente pela ANP. Segundo ele, o Brasil ainda está bastante inexplorado, já que apenas 6% do total de bacias sedimentares já foi licitada.

ANP prevê arrecadar pelo menos R$ 2 bi com leilão de blocos de petróleo e gás

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Folha - Como o senhor está vendo a disputa no leilão que acontece hoje, após um intervalo de 5 anos?
João Carlos de Luca - A indústria está dando a resposta ao chamamento do governo. Basta ter oportunidade que a indústria quer participar, e vai gerar empregos. O Brasil tem um grande potencial, a gente tem muito ainda o que fazer. O país é praticamente inexplorado, só 6% das bacias estão em exploração.

Qual a área o senhor considera que será a mais procurada?
A Foz do Amazonas vai ser bem significativa, porque tem interesse em uma área que praticamente não tinha sido ofertada anteriormente. E tem resultados perto da área, tanto do lado da África (que se separou há milhões de anos do continente sul-americano) e na Guiana Francesa, que teve resultados significativos também. Espero pelo menos 8 ofertantes para cada bloco.

E o que o senhor está achando da participação das empresas brasileiras? A Petra, por exemplo, fez lances altos pelos blocos em terra da bacia da Paranaíba.
São novas brasileiras chegando ao mercado; a Petra, a Ouro Petro, a Sabre, e a OGX e a Petrobras também estão presentes. Acho que esse leilão está muito democrático.

O senhor havia estimado uma arrecadação de R$ 2 bilhões para a 11ª rodada, acha que vai superar?
Acho que vai ter arreacadação recorde, entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões. O sucesso do leilão vai deixar satisfeito o governo e sobretudo a sociedade, que vai se beneficiar dos empregos e royalties que será gerados.


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