A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) determinou que as empresas distribuidoras de energia adotem, a partir de junho, a fase de testes do sistema de "bandeiras tarifárias".
Trata-se de uma medida que irá repassar à conta de luz do consumidor, mensalmente, o custo adicional do acionamento das usinas termelétricas.
O novo sistema de cobrança só entrará oficialmente em vigor em 2014. Mas, a partir de junho, os consumidores terão uma ideia de como o sistema funcionará.
Por ora, será possível identificar na fatura o desenho de uma bandeira que indicará o quanto o preço da energia deveria subir por causa dos gastos com as usinas térmicas --que são mais caras e mais poluentes que as hidrelétricas e que funcionam por meio da queima de carvão ou óleo combustível, por exemplo.
No caso de vir estampada uma bandeira verde, isso significaria que a tarifa daquele mês permaneceria inalterada no mês seguinte.
Quando amarela, haveria um acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Na bandeira vermelha, o valor subiria R$ 3 por 100 kWh.
Esses mesmos critérios serão utilizados a partir do ano que vem, quando as bandeiras, de fato, vierem acompanhadas das mudanças de preços.
Assim, o consumidor também saberá quando pode aumentar o diminuir o consumo para manter o mesmo nível de gastos com energia.
Uma família de quatro pessoas que consome em média 100 kwh durante o mês paga R$ 30. Com a bandeira amarela, essa família pagará 5% a mais. No caso da vermelha, o adicional será de 10%.
De acordo com a agência reguladora, a norma que estabelece a bandeira tarifária trazia a definição de que a fase de testes seria iniciada neste ano, mas não determinava o momento de entrada em vigor desse sistema.