A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) cedeu há anos um terreno em Volta Redonda (RJ) para a construção de casas para seus funcionários que estava contaminado por substâncias químicas, denunciou nesta quarta-feira (3) o secretário municipal do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc.
Amanhã, o secretário e a presidente do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Marilene Ramos, vão detalhar o resultado da investigação, que revelou que "centenas de moradores estão expostos a substâncias extremamente perigosas", segundo comunicado da secretaria do Ambiente.
No terreno, segundo a secretaria, foram enterrados diretamente no solo um grande volume de lixo químico da CSN, como ascarel, que é cancerígeno.
As análises apresentaram uma contaminação em "nível intolerável à saúde humana", segundo a secretaria, que amanhã divulgará as medidas que serão tomadas contra a CSN e como serão retirados os moradores que se encontram no local contaminado.
OUTRO LADO
Em nota, a CNS diz que "já realizou sob supervisão dos órgãos ambientais mais de cinco amplos estudos nos últimos 13 anos a respeito do Bairro Volta Grande IV e nenhum deles apontou perigo ou risco iminente à saúde dos moradores. A Companhia não tem conhecimento do conteúdo do laudo divulgado pela Secretaria do Meio Ambiente do Rio de Janeiro". (DENISE LUNA)