O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) tentou minimizar nesta terça-feira (2) o resultado da balança comercial, que fechou março com o pior resultado para o mês desde 2001.
Apesar de ter encerrado março com saldo positivo de US$ 164 milhões, no trimestre, há um deficit de US$ 5,150 bilhões, o primeiro resultado negativo em 12 anos.
Balança tem superavit de R$ 164 mi, pior resultado para março desde 200
"A balança tá reagindo, março já foi um pouco melhor e nós esperamos que a partir de agora melhore mais ainda o saldo. Abril vai ser maior. Vamos trabalhar para repetir o ano passado. Não sabemos se é possível, porque a situação internacional não está boa, a reação das commodities também está mais lenta do que a gente esperava", afirmou Pimentel, depois de reunião no Ministério da Justiça para discutir itens do plano nacional de defesa do consumidor.
Ainda sobre as alterações nas exportações e importações brasileiras, o ministro afirmou ainda que "não tem nada" que preocupe muito o governo. "Nós nunca trabalhamos com meta de superavit. Nós trabalhamos com meta de exportação. Mas mesmo isso, hoje, é muito imprevisível. O que eu posso dizer é o seguinte: teremos saldo positivo na balança comercial este ano. Agora quanto, vamos ver a conjuntura internacional."
Para Pimentel, a repercussão negativa dos comentários da presidente Dilma Rousseff sobre a inflação é um episódio superado. Na semana passada, em viagem à África, Dilma afirmou não acreditar numa política de combate a inflação que comprometesse o crescimento do país. O mercado financeiro interpretou a fala como leniência em relação ao combate às altas dos preços. A presidente reagiu dizendo que houve "manipulação" de sua fala e que "o combate à inflação é um valor em si mesmo e permanente do governo".
"Os empresários não reagiram à fala da presidente. Esse assunto está superado. Quem fala sobre esse tema é o presidente do Banco Central e o ministro da Fazenda. Meu assunto é indústria, que tá tendo um bom desempenho", afirmou Pimentel.