Folha de S. Paulo


Demanda por voo sobe em dezembro, mas cai oferta de assento

A demanda por transporte aéreo no Brasil bateu recorde para o mês em dezembro, ainda que com crescimento de apenas 2,37%, mas a oferta de assentos em aeronaves recuou mais de 7% contra um ano antes, informou a Anac (Agência Nacional de Aviação) nesta segunda-feira (21).

Demanda por voos domésticos cresce 6,79% em 2012
Gol corta oferta e aumenta tarifas em dezembro

Ao longo de 2012, as grandes companhias aéreas do país têm reduzido oferta, numa estratégia de melhorar seus resultados com ocupação maior de suas aeronaves diante de preços elevados de combustíveis e cenário de câmbio desfavorável.

Segundo os dados da Anac, a demanda por voos domésticos cresceu 2,37% no mês passado. É o maior nível de demanda para o mês de dezembro desde o início da série, em 2000, de acordo com a agência. Já a oferta de assentos nos aviões caiu 7,39%, na mesma base de comparação.

Com isso, a taxa de ocupação de aeronaves em voos domésticos atingiu 77,73% em dezembro, ante 70,72% em igual etapa de 2011, também no melhor nível desde que a contagem começou.

A Anac informou que Avianca e TAM, do Grupo Latam, tiveram as maiores taxas de ocupação em dezembro entre as empresas aéreas com participação em voos domésticos acima de 1%. A Avianca apurou 82,27% e a TAM registrou taxa de 81,89%.

Em dezembro, a líder TAM teve participação nos voos domésticos de 43,66% em dezembro, ante 40,46% no mesmo mês de 2011.

Enquanto isso, a Gol, que decidiu encerrar as atividades da Webjet em novembro passado, viu sua fatia recuar para 34,42% em dezembro, de 35,06% um ano antes. Em seguida aparece a Azul, que elevou sua participação para 10,45%, na mesma base de comparação. A Trip, em processo de fusão com a Azul, subiu para 4,53%, enquanto a Avianca avançou para 6,45%.

No fechado de 2012, a demanda aérea doméstica cresceu 6,79%, no pior resultado para o setor desde 2003, quando houve retração de 5,89%, segundo a base histórica da Anac.

A oferta de assentos no ano passado subiu 2,72%, também o pior número desde 2003. A taxa de ocupação no último ano foi de 72,95%, ante 70,17% em 2011, segundo a Anac.

Na semana passada, a Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas) afirmou que espera um crescimento de 9% a 9,5% na demanda do setor aéreo brasileiro em 2013, dependendo da evolução da economia.


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