Folha de S. Paulo


Livro traça os enquadramentos 'disformes' do movimento cubista

Editoria de Arte
Capa do Volume 5 da Coleção 'O mundo da arte
Capa do Volume 5 da Coleção 'O mundo da arte'

"O Cubismo é a arte de pintar composições novas com elementos tomados de empréstimo não à realidade da visão, mas à realidade da consciência", definiu o poeta e crítico de arte francês Guillaume Apollinaire.

E a pintura deixou de se submeter à realidade da visão quando, nos anos 1900, Pablo Picasso e seu amigo Georges Braque passaram a fragmentar o que viam, representando a realidade a partir de pequenos cubos.

Ao dividir o tema da pintura em várias facetas –uma mulher podia ser pintada, simultaneamente, vista de frente e de perfil, por exemplo–, os cubistas mostravam na mesma tela diversos aspectos do mesmo objeto.

Editoria de Arte
Capa do Volume 5 da Coleção 'O mundo da arte
Capa do Volume 5 da Coleção 'O mundo da arte'

Essa nova forma de representação artística, que recebeu o nome de cubismo, é o tema do quinto livro da Coleção Folha O Mundo da Arte, nas bancas no domingo (16).

Durante sua existência, o movimento cubista se subdividiu em analítico e sintético. O primeiro propôs formas geométricas de cores atenuadas, enquanto o segundo buscou formas decorativas e cores mais brilhantes.

O movimento também abriu portas para outras estéticas inovadoras. O futurismo de pintores como Marcel Duchamp documentou o dinamismo de um mundo em estado de efervescência.

Já orfistas como Robert e Sonia Delaunay e Fernand Léger –professor e grande influência da brasileira Tarsila do Amaral– libertaram a arte das referências externas e se tornaram os precursores da pintura abstrata.

Em São Paulo, o Masp abriga trabalhos de importantes cubistas estrangeiros. Há quatro obras de Pablo Picasso, entre elas "Retrato de Suzanne Bloch" e "Busto de Homem", e também "A Compoteira de Peras", de Fernand Léger e "Roto-Relevo", de Marcel Duchamp.


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