Folha de S. Paulo


Fruto de intercâmbio, culinária lusitana é tema da coleção Folha

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No próximo domingo (17), a coleção Folha Cozinhas do Mundo leva às bancas a história da culinária portuguesa e suas principais receitas.

Um dos países mais antigos da Europa, Portugal tem uma longa história, que se funde à de outras nações europeias e de fora do continente.

Pode-se dizer que cada civilização com a qual Portugal teve contato direto deixou uma marca tangível na sua cozinha. A cada refeição é possível observar o resultado desse intercâmbio cultural, que possui influências que datam do Império Romano.

Foram eles que introduziram ingredientes importantes como o trigo, a cebola, o alho e as azeitonas. Destas últimas, os portugueses extraíram o azeite de oliva, uma das bases da culinária nacional e um orgulho em nível internacional.

A riqueza de ingredientes, por sinal, é uma das características da cozinha lusitana. Da Ásia veio o gengibre; das colônias africanas, a pimenta piri-piri; do Brasil, eles levaram o feijão.

As carnes ocupam um lugar de destaque na mesa portuguesa. Com uma extensa planície ao Sul, pastos e muitas áreas de florestas, o país é um ótimo habitat para as carnes de caça como javalis, cervos, lebres e faisões. Há ainda rebanhos de bovinos, ovinos, caprinos e suínos por todo o território.

Os peixes também são muito importantes para a alimentação desse povo, cuja história tem um vínculo intenso com o mar. Os pescadores locais podem aproveitar as águas ricas do oceano Atlântico, do mar Mediterrâneo, das poderosas correntes quentes que vêm da África e dos muitos rios que cortam o país.

Além da abundância de ingredientes animais, a distribuição climática invejável permite que Portugal tenha uma grande variedade de árvores frutíferas. Há cerdos, cerejeiras, amendoeiras e videiras, das quais derivam o vinho do Porto, destaque da enologia nacional, e o vinho madeira, outra versão licorosa da bebida, produzida no país desde o início do século 15.


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