O Festival Varilux de Cinema Francês, que começa nesta quarta (8), chega a sua sétima edição com uma semana a mais.
Nos últimos dois anos, a mostra cresceu em número de cidades em que acontece e de espectadores, mas durava uma semana. "Foi uma solução para crescer apesar da crise", diz o diretor do evento, Christian Boudier.
Este ano são 15 filmes recentes e inéditos exibidos em 50 cidades. Como de costume, um longa antigo também tem sessões programadas e desta vez é "Um Homem e Uma Mulher", de Claude Lelouch, que completa cinco décadas. O filme ganhou a Palma de Ouro e o Oscar de melhor filme estrangeiro.
| Anna Wloch/Divulgação | ||
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| Lou de Laâge em cena de 'Agnus Dei', que está na programação do festival Varilux |
Este ano a rede Cinemark, pela primeira vez, vai abrigar o festival em algumas cidades, o que permitiu a entrada, por exemplo, de Campos Grande na programação. Com duas semanas, a mostra vai ter cerca de 5.000 sessões. "Um filme como 'Batman' faz isso apenas no dia de lançamento, porque ocupa muitas salas pelo país", diz Boudier.
Para ele, ainda que o cinema francês ocupe o segundo lugar no Brasil —só perde para o americano entre estrangeiros—, do ponto de vista comercial o impacto é pequeno. "Quando chegamos a 2% do mercado [em 2014] é um ano bom. Nesse sentido, ainda é um cinema de resistência".
Para mostrar que a produção do país é diversa e pode atrair os mais diversos públicos, estão escaladas comédias, dramas históricos, uma cinebiografia de um palhaço e uma animação infantil.
Em "Lolo, o Filho da Minha Namorada", de Julie Delpy (atriz da trilogia de Richard Linklater), com Dany Boon, ator de sucesso no país, uma mãe divorciada é enganada pelo filho adolescente e não consegue namorados.
Lou de Laâge, nova queridinha desde que fez a garota descolada de "Respire" (2014), de Mélanie Laurent, está em "Agnus Dei", de Anne Fontaine ("Coco Antes de Chanel"), como uma enfermeira ateia que tem de trabalhar com freiras na Segunda Guerra.
"Um Amor à Altura", com Jean Dujardin ("O Artista") é uma refilmagem do argentino "Coração de Leão" (2013), de Marcos Carnevale.
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CRÈME DE LA CRÈME O melhor do Varilux
"Meu Rei", de Maïwenn
Emmanuelle Bercot dividiu o prêmio de melhor atriz em Cannes com Rooney Mara por este filme em que vive relação tumultuada com Vincent Cassel; ainda tem no belo elenco Louis Garrel
"Abril e o Mundo Extraordinário", de Christian Desmares e Franck Ekinci
A animação venceu como melhor longa o Festival de Annecy, e é coescrita por Benjamin Legrand, autor do romance gráfico "Perfuraneve" (Aleph)
"Chocolate", de Roschdy Zem
Omar Sy ("Intocáveis") interpreta o primeiro artista circense negro da França, que, com Foottit —vivido pelo neto de Chaplin, James Thierrée—, formou importante dupla de palhaços
"Um Belo Verão", de Catherine Corsini
Com Cécile de France ("O Garoto de Bicicleta"), conta a história de um casal de feministas no começo da década de 1970
"Flórida", de Philippe Le Guay
Sandrine Kiberlain ("Violette"), que também está no festival em "Doce Refúgio", tem de lidar com o pai que resolve fazer uma viagem aos Estados Unidos
"Agnus Dei", de Anne Fontaine
Jovem médica da Cruz Vermelha, vivida por Lou de Laâge ("Respire"), tem de ajudar freiras em um convento nos momentos finais da Segunda Guerra
"Marguerite", de Xavier Giannoli
Catherine Frot ("Os Sabores do Palácio") sonha em cantar ópera ainda que seja desafinadamente no longa vencedor de quatro César