Folha de S. Paulo


CRÍTICA

Sem julgamentos ou maniqueísmo, 'Demolidor' discute violência 'do bem'

Teaser de 'Demolidor'

Se a primeira temporada de "Demolidor" foi uma paciente construção de herói e vilão, a segunda vai direto à pancadaria, com o encontro violento entre o Demolidor e o Justiceiro, anti-herói da Marvel que segue a linha do "bandido bom é bandido morto".

A luta entre os dois não é apenas física. É um embate de ideologias: o Demolidor age ilegalmente caçando criminosos, mas dentro de um certo limite —ao contrário do Justiceiro, retratado inicialmente como um genocida de mafiosos. Surge o tema dos 13 episódios: será que a violência "do bem" é justificável?

A série questiona sem julgamentos fáceis ou maniqueísmos. Em determinado momento, por exemplo, o Demolidor mede a consequência dos seus atos e reavalia o papel de herói. Um tema proposto na trilogia "O Cavaleiro das Trevas" e levado adiante pelos roteiristas desta série.

Jon Bernthal demora a engrenar como Justiceiro. Mas é equilibrado com uma maior participação dos personagens secundários e o recurso de intercalar pancadarias com longos diálogos. É mais que podemos dizer dos dois "Os Vingadores" juntos.

DEMOLIDOR
SEGUNDA TEMPORADA
QUANDO a partir de 18/3
ONDE Netflix


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