Folha de S. Paulo


Não faço show para o crítico, faço para as pessoas, dispara Medina

O presidente do Rock in Rio, Roberto Medina, admitiu que gostaria de diminuir o número de ingressos disponíveis ou expandir a Cidade do Rock para facilitar o trânsito de pessoas durante as próximas edições do festival.

A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa na tarde deste domingo (27), último dia do festival. A primeira alternativa poderia encarecer o ingresso, contou Medina, e encontra resistência dentro da equipe que organiza o megaevento. As edições do Rock in Rio de 2017 e 2019 foram confirmadas.

"Um dia, se a gente conseguisse ampliar a Cidade do Rock seria bom porque atende a mais pessoas, dá mais espaço e conforto para a movimentação. Eu já diminuí de 100 mil para 85 mil (ingressos). Na área financeira, quando a gente fala isso, eles tremem", disse Medina.

Medina afirmou também que não faz show para o crítico de música, mas sim "para as pessoas gostarem". Ele contou que, quando trouxe Frank Sinatra para cantar no Maracanã, em 1980, houve gente que reclamasse do timbre de voz de quem Medina considera "o maior cantor da história para várias gerações".

Ainda sem nomes de atrações de 2017, o empresário lembrou que a participação depende também da agenda dos artistas. Em seguida, contou que tentou trazer este ano a banda australiana AC/DC, mas não conseguiu". Para a próxima edição, prometeu surpreender com um projeto social, sobre o qual não deu detalhes.

O empresário destacou a expansão dos shows e o desafio de montar os festivais de música. Nos últimos cinco anos, houve edições em três países, além do Brasil: Espanha (2010 e 2012), Portugal (2010, 2012 e 2014) e Estados Unidos (2015). Medina afirmou querer trabalhar a marca em três continentes: América, Europa e Ásia. A equipe de Medina planeja levar, ainda sem data, o megaevento para os Emirados Árabes ou para o Qatar.

Medina também reconheceu que a chegada das pessoas para o primeiro dia do Rock in Rio não foi positiva. Ele afirmou que, depois, o tráfego melhorou. Para ele, a limpeza "era uma tragédia", "um grande obstáculo" em edições anteriores e melhorou. Já quanto ao baixo número do público na sexta-feira (26), dia em que tocaram Slipknot e Faith No More, o presidente do Rock in Rio falou acreditar que "o cara que recebeu ingresso do patrocinador não quis ir".

Editoria de Fotografia/Folhapress
Especial Timelapse Rock in Rio 2015
Especial Timelapse Rock in Rio 2015

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