A estreia, com duas semanas de intervalo, de dois filmes de ação em que a organização do mal tem o mesmo nome, Sindicato, não é mera coincidência. É falta de imaginação mesmo.
"Hitman - Agente 47" é um "Missão: Impossível "" Nação Secreta" piorado. Há locações internacionais com arquitetura de última geração, personagens que mudam de lado a toda hora e pancadaria incessante e acelerada.
Mas não tem Tom Cruise nem o charme de franquia antiga. No lugar, "Hitman" oferece um futurismo requentado e um elenco mais conhecido em séries de TV.
Divulgação | ||
Rupert Friend (o Agente 47) e Hannah Ware (como a mocinha Katia) em cena de 'Hitman' |
A trama, adaptada de uma franquia de games, segue as peripécias de uma jovem perseguida por um agente robótico. Ambos são frutos de manipulações genéticas e alvos de um gênio do mal. Nem chegamos a acompanhar a história, pois o filme se baseia no ritmo intenso de fugas, lutas e tiroteios, ou seja, em ação.
No entanto, essa dinâmica peculiar dos jogos não funciona em um longa. O fluxo logo se torna repetitivo, pois o espectador não pode escolher nem tomar decisões.
O problema aqui é o mesmo da maioria dos filmes adaptados de games. Enquanto a vantagem dos jogos é interatividade e imersão, no cinema o jogador fica na posição idiota de quem olha, quer participar e ninguém deixa.