Folha de S. Paulo


CRÍTICA

'Hitman - Agente 47' é versão piorada de 'Missão Impossível'

A estreia, com duas semanas de intervalo, de dois filmes de ação em que a organização do mal tem o mesmo nome, Sindicato, não é mera coincidência. É falta de imaginação mesmo.

"Hitman - Agente 47" é um "Missão: Impossível "" Nação Secreta" piorado. Há locações internacionais com arquitetura de última geração, personagens que mudam de lado a toda hora e pancadaria incessante e acelerada.

Mas não tem Tom Cruise nem o charme de franquia antiga. No lugar, "Hitman" oferece um futurismo requentado e um elenco mais conhecido em séries de TV.

Divulgação
Créditos: Divulgação Legenda: Cena do filme
Rupert Friend (o Agente 47) e Hannah Ware (como a mocinha Katia) em cena de 'Hitman'

A trama, adaptada de uma franquia de games, segue as peripécias de uma jovem perseguida por um agente robótico. Ambos são frutos de manipulações genéticas e alvos de um gênio do mal. Nem chegamos a acompanhar a história, pois o filme se baseia no ritmo intenso de fugas, lutas e tiroteios, ou seja, em ação.

No entanto, essa dinâmica peculiar dos jogos não funciona em um longa. O fluxo logo se torna repetitivo, pois o espectador não pode escolher nem tomar decisões.

O problema aqui é o mesmo da maioria dos filmes adaptados de games. Enquanto a vantagem dos jogos é interatividade e imersão, no cinema o jogador fica na posição idiota de quem olha, quer participar e ninguém deixa.

HITMAN - AGENTE 47 (Hitman: Agent 47)
DIREÇÃO: ALEKSANDER BACH
ELENCO: RUPERT FRIEND E HANNAH WARE
PRODUÇÃO: ALEMANHA/EUA, 2015
CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS
QUANDO: ESTREIA NESTA QUINTA (27)


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