Ícone do folk, o canadense Neil Young prometeu acabar com os portais de música on-line, queixando-se de que até as velhas fitas cassetes tinham melhor som que as populares plataformas de música na internet.
"O streaming é uma merda. O streaming é o pior áudio da história. Se você o querem, vocês o têm. Está aí para ficar", escreveu no Facebook o artista conhecido por suas furiosas denúncias contra os poderes corporativos.
"Estou preservando (minha música) da maneira que quero".
| Angela Weiss/Getty Images | ||
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| Neil Young mostra um Pono em noite de abertura de exposição numa galeria de arte em Santa Monica, na Califórnia. |
A discografia do canadense, incluindo seu álbum mais recente, "The Monsanto Years" —no qual ataca a biotecnologia do gigante de alimentos modificados—, ainda estava disponível nesta quinta (16) no Spotify, Apple Music e outros serviços streaming, um dia depois de anunciar que retiraria suas obras destes sites.
Dessa maneira, Young se juntou ao grupo de artistas que se recusam distribuir seus discos por streaming, um mercado em crescimento que possibilita uma demanda ilimitada de música digital.
A superstar Taylor Swift foi uma das cantoras mais críticas a esse mercado, até que chegou a um acordo com a Apple Music para divulgar seu disco "1989", assim que a empresa da maçã concordara em aumentar o pagamento aos artistas em resposta a reclamações da jovem.
Young, uma prolífica estrela do rock de 69 anos, é o desenvolvedor do Pono, um reprodutor portátil que oferece música com alta qualidade de reprodução.
"A rádio AM chutou o traseiro do streaming. As cassetes analógicas e de oito pistas também chutaram o traseiro do streaming", escreveu Young.
"Copiem minhas canções se quiserem. Isso é grátis, vocês escolhem.
A maioria dos portais de streaming usam o formato MP3, um tipo de arquivo de áudio padrão desde a década de 1990, ainda que algumas plataformas como a Tidal, do rapper Jay-Z, e a Pono ofereçam o serviço em formatos com melhor qualidade de som.