Folha de S. Paulo


Mesmo em cenário de crise, orçamento da MITsp cresce 15%

Num cenário de crise, em que muitos festivais têm perdido patrocínio e diminuído seu orçamento, a MITsp conseguiu, ainda que pouco, crescer nesta segunda edição.

O orçamento subiu 15%, de R$ 2,85 milhões em 2014 para R$ 3,28 milhões neste ano. Segundo a organização, 70% do valor vêm de editais públicos e programas de renúncia fiscal como Proac (estadual) e Pronac/Lei Rouanet (federal) e 30%, de serviços e permuta.

O crescimento não é a realidade da área, ainda mais quando se considera que a maioria das peças da MITsp são oriundas da Europa.

O Festival de Curitiba, um dos maiores do país e que neste ano começa em 24 de março, captou R$ 8 milhões em 2013. Em 2014, o valor caiu para R$ 6,5 milhões. "Neste ano, o orçamento será igual ao de 2014, mas, com os custos aumentando, teremos perda de 10%", diz Leandro Knopf-holtz, diretor do festival.

Segundo ele, as peças da mostra oficial, que seriam 36, foram reduzidas a 29. "E há as que gostaríamos de ter coproduzido e não pudemos."

No Caso do Poa em Cena, em setembro em Porto Alegre, o orçamento passou de R$ 4,4 milhões (2012) para R$ 2,2 milhões (2013) e teve ligeira alta (R$ 2,5 milhões) em 2014.

Neste ano, diz o curador, Luciano Alabarse, o valor deve se manter. Mas, com o atual câmbio, não será possível trazer grandes nomes europeus. "Teremos um olhar mais voltado para Brasil e Mercosul."

Um dos principais patrocinadores de Curitiba, o banco Itaú cortou sua participação no festival de R$ 1,3 milhão (2014) para R$ 1 milhão (2015). O Itaú é também um dos maiores investidores da MITsp: em cada edição, injetou R$ 1 milhão (via Lei Rouanet).


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