Folha de S. Paulo


Brilho do filme 'Iracema' vem de seu aspecto documental

Há dois destinos que evoluem em "Iracema - Uma Transa Amazônica" (1975, 16 anos, Curta!, 21h): o de Iracema e o do caminhoneiro Tião Brasil Grande. Ela é a garota que se prostitui na beira da estrada e é levada por Tião Brasil afora.

Brasil, não. Pela Transamazônica, a estrada delirante que cruzaria a Amazônia de fio a pavio. O filme de Jorge Bodanzky e Orlando Senna coloca Tião (Paulo César Pereio) em contato com caminhoneiros, operários, prostitutas etc. Enfim, gente da beira da estrada.

Tião vê tudo com infinito otimismo. Isso é o que conduz seu diálogo. Já Iracema sofre as consequências da chegada da "civilização". A originalidade e brilho deste filme vem do documental que absorve a partir de um personagem fictício. E na ficção que recolhe, seja da estrada, seja da selva, a partir do documental.

Reprodução
Cena do filme
Cena do filme "Iracema, uma Transa Amazônica"

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