Os Smashing Pumpkins –ou melhor, a banda de Billy Corgan, 47– está de volta.
Com novo disco "Monuments to an Elegy" após dois anos sem lançamentos, o grupo americano fez uma apresentação vigorosa em Londres, no início de dezembro.
Os 1.400 ingressos para o show se esgotaram rapidamente. Além das músicas inéditas, a escalação da banda para a pequena turnê de lançamento do álbum contribuiu para o sucesso das vendas.
Brad Wilk, baterista do Rage Against the Machine, e Mark Stoermer, baixista do The Killers, juntaram-se ao guitarrista Jeff Schroeder, integrante dos Smashing Pumpkins desde 2007, e a Corgan, único remanescente desde a fundação do grupo, em 1988.
É uma formação promissora, caso seja mantida para o show que farão em 2015 no Brasil, no festival Lollapalooza. Mesmo com pequenos deslizes, os músicos deram força aos clássicos e mostraram segurança em cinco canções novas.
Diante de uma plateia fiel, Corgan abriu a apresentação com duas músicas inéditas: "One and All", que se destaca pelos bons riffs de guitarra e por um refrão pegajoso, seguida por "Being Beige", um pouco mais lenta e melódica. Em seguida, veio o primeiro hit da noite, "Hummer", do álbum "Siamese Dream" (1993).
Músicas pesadas, como "Bullet with Butterfly Wings", ficaram para o fim do show. "Fame", de David Bowie, ganhou versão que em nada lembra o suingue da original.
Infelizmente, ficaram de fora hits como "1979" e "Today". Felizmente, a banda não fez questão de tocar as outras quatro canções do novo trabalho, em que predomina uma tentativa de aproximação com o pop, com sintetizadores e sem grande brilho.
Para o bis, uma surpresa: o exótico Marilyn Manson subiu ao palco e cantou a inédita "Third Day of a Seven Day Binge" e dividiu os vocais com Corgan em "Ava Adore".
Foi o momento em que o vocalista dos Smashing Pumpkins se mostrou mais feliz. Eram dois perdidos numa noite de música suja e distorcida.
SMASHING PUMPKINS
AVALIAÇÃO bom