Folha de S. Paulo


Responsáveis por ataque à Sony exigem que filme não seja lançado

Um grupo que diz ter sido responsável pelo enorme ataque eletrônico contra a Sony Pictures Entertainment exigiu que a companhia cancele o lançamento do filme "A Entrevista", comédia sobre uma conspiração para assassinar o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

Comunicado publicado em um site de compartilhamento de arquivos na segunda (8) pediu que a Sony "pare imediatamente de exibir o filme de terrorismo que pode quebrar a paz regional e causar a guerra". A carta foi assinada pelo GOP, apelido do grupo "Guardians of Peace" (Guardiões da Paz, em tradução livre) que disse ter sido responsável pelo ciberataque contra a Sony que começou no dia 24 de novembro.

O governo da Coreia do Norte denunciou "A Entrevista" como um "patrocínio descarado ao terrorismo, como também um ato de guerra" em carta enviada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Divulgação
Poster de divulgação do filme 'A Entrevista
Poster de divulgação do filme 'A Entrevista'

A Coreia do Norte é a principal suspeita de ter orquestrado o ataque, mas um diplomata norte-coreano negou envolvimento do país.

A carta incluía links para downloads de vários gigabytes de novos dados supostamente roubados da Sony. A Reuters disse não poder verificar se a carta ou os documentos foram publicados pelo mesmo grupo que revelou outros documentos da companhia.

A carta disse também que o GOP não está envolvido num e-mail com ameaças enviado para funcionários da Sony na sexta-feira (6). O e-mail em questão dizia ser do grupo.

Os documentos divulgados na segunda (8) incluíam um e-mail de 21 de novembro para a Sony que exigia "compensações monetárias" para evitar "grandes danos" ao estúdio, segundo o website "Mashable".


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